Testemunhos

Milian & Gildo

Sou a Milian, esposa do Gildo e somos pais da Eloá.
Sempre sonhei em adotar, mais tinha curiosidade para saber como era gerar um filho biológico.
Nós estávamos tentando em grávida quando resolvemos iniciar o processo de habilitação, confesso que no início o Gildo era contra, porém depois de muita conversa, ele aceitou….
Iniciamos o processo para habilitação e continuamos com as tentativas para engravidar.
Depois de anos tentando engravidar, vários tratamentos sem sucesso, procuramos um especialista em infertilidade que pediu para mim fazer o histerossalpingografia e foi nesse exame que constou que tenho trompas obstruídas, nosso mundo desabou.
Sofremos muito por causa da infertilidade e nos
já estávamos a quase 3 anos na fila para a adoção.

Por várias vezes questionava a Deus e nossa
Senhora Aparecida por que porque estava acontecendo isso com nós…

E quando menos esperávamos, em março de 2022 o nosso telefone tocou, nós seríamos pais de uma menina de apenas 2 meses.
Nós estávamos vivendo o que já tinha sido oração.
Agora depois de mais de 2 anos desde a chegada
da Eloá, estamos novamente na fila para adoção do segundo filho.

Sou coordenadora e Fundadora do Grupo de Estudos e Apoio à Adoção na cidade, hoje intendo o nosso propósito e sou grata a Deus
por cada choro derramado.

Adoção nos fez FAMÍLIA

Luciana & Mauricio

Me chamo Luciana Dornelas, tenho 37 anos e sou casada com Mauricio há 17 anos. Vou tentar resumir esses anos todos de matrimônio e tentativas de ser mãe. Casei com 19 anos e meu sonho sempre foi ser mãe. Com 1 ano de casados já começamos a buscar métodos naturais, tentar engravidar e fazer exames desde então. Foram anos e anos de pesquisas, de médico em médico, de muito choro a cada mês que o negativo chegava. A esperança renovava e as forças também, a fé nunca perdi, sabia que se Deus tinha colocado essa intenção tão forte no meu coração não seria em vão. Cheguei a pedir a Ele que se não fosse pra ser, que tirasse do meu coração essa vontade e eu ficaria em paz… Mas não, ela só crescia cada vez mais. 

 

   Depois de 10 anos tentando engravidar decidimos entrar pra fila de adoção, uma escolha concreta, não uma segunda opção, mas uma escolha nossa de sermos pais, simples assim. Entregamos todos os documentos em Março de 2016 e assim começamos o processo pra sermos habilitados na fila de adoção. Em Julho de 2016 com a graça de Deus tudo certo, estávamos habilitados, e aí começou uma longa espera… Mais uma forma de esperar em Deus para ser mãe.

 

  As tentativas de engravidar naturalmente continuaram. Em setembro de 2017 consegui meu primeiro positivo, mas com 5 semanas nosso anjinho Miguel foi para o Céu interceder por nós no dia dos Arcanjos (29/09/2017). Percebi com um tempo e ajuda de uma rede de apoio incrível que não perdi um filho, mas o devolvi para o Céu, ganhando assim um santo intercessor particular para mim e para minha família! Nosso santo bebê Miguel!

 

  Depois disso descobri alguns diagnósticos finalmente… Veio endometriose, fiz cirurgia e novos tratamentos, mais um novo diagnóstico: Baixa progesterona, e nada de engravidar… Em 2020 mais exames e novos diagnósticos: trombofilia, endometrite crônica e células NK alteradas. Falando assim parece que foi fácil, mas foram 10 anos de tentativas sem diagnóstico nenhum, apenas médicos indicando fazer FIV, mas quando encontrei as pessoas certas em apenas 3 anos foram 5 diagnósticos diferentes encontrados. Dia 15 de março tive uma nova consulta com um médico novo, que passou novos medicamentos, e um novo tratamento para os últimos diagnósticos encontrados. Pensei, vamos lá começar tudo do zero de novo!

 

    Estava já fazendo orçamentos dos novos medicamentos que tomaria e no dia 17 de março começou a mudar nossa vida: A tão esperada ligação do Fórum, após 5 anos de espera, avisando que éramos os próximos da fila e que tinha um bebê de 2 meses a nossa espera! Nesse momento meu coração dispara e começo a me tremer toda… Tentando manter a calma, anoto tudo que ela me passa nesse primeiro momento e marcamos a próxima entrevista online, por conta da pandemia. Assim decidimos conhecer nosso João Gabriel e, como um presente de São José, no dia 19 de março vimos nosso filho por vídeo pela primeira vez. Foi lindo, foi mágico, foi verdadeiramente um milagre de São José, o pai adotivo de Cristo. Exatamente no seu dia nós conhecíamos nosso filho também! 

 

    Daí então começamos a correria de arrumar tudo pra receber nosso filho. No fim de semana recebemos muitos presentes e arrumamos o quartinho dele com o necessário para recebê-lo de imediato. Segunda-feira, dia 22, madrugamos no abrigo em que ele estava acolhido desde o 6⁰ dia de vida e passamos a manhã toda com ele. Assim foi durante toda a semana, visitando ele todos os dias no abrigo e na hora de ir pra casa era um sofrimento muito grande não poder ainda levar ele com a gente.

Uma graça de Nossa Senhora e São José, um milagre verdadeiro poder viver isso tudo…

Graças a Entrega legal para adoção nos tornamos pais! *

 

 

É incrivel ser mãe! Com 10 meses o batizamos, ja viajamos e curtimos muitos momentos juntos! João Gabriel completou 3 aninhos agora em Janeiro 2024 e é um menino muito esperto e carinhoso! Foi tão esperado e amado por nós, por nossa família e amigos. Continuamos abertos a vida e fazendo a vontade de Deus que é sempre o melhor pra nós! 

 

     Que Nossa Senhora nos ajude a sermos bons pais e nosso santo bebê Miguel interceda por mim, pelo Maurício e pelo seu irmãozinho João Gabriel aqui na terra!

Andreo & Lu

ADOÇÃO DE 5 CRIANÇAS

Eles se conheceram em 2005. Na época do namoro, já conversavam sobre ter uma família grande. Em 2010, quando ocorreu o terremoto no Haiti, ficaram profundamente impactados com a quantidade de órfãos e começaram a pensar em adoção.

Quando se casaram, estavam abertos à vida e imaginavam uma família com filhos biológicos e adotivos. No entanto, acreditavam que deveriam ter filhos biológicos primeiro. Pensavam que poderiam “dominar” o dom da maternidade e da paternidade. Além disso, havia uma certa ignorância sobre o fato de que não havia diferença entre as duas formas de ter filhos.

O tempo passou e, diante da descoberta do diagnóstico de ovários policísticos, perceberam que os filhos biológicos poderiam não chegar… e que os filhos pela via adotiva talvez já os estivessem esperando.

Em 2012, iniciaram o processo de habilitação para adoção com o perfil de uma criança de até 3 anos. Durante esse processo, mudaram de cidade, o que fez com que o trâmite se alongasse.

Aprendendo sobre adoção

Nesse tempo de espera, Andreo e Lu buscaram mais informações sobre adoção por meio de leituras e testemunhos nas redes sociais. Além disso, o curso oferecido pelo Tribunal de Justiça os ajudou a enxergar a realidade dos abrigos.

Essa busca por conhecimento trouxe uma nova perspectiva para eles. Pararam, refletiram e decidiram:
“Será que nossos filhos já nasceram e estão crescendo sem nossa presença?”

Confiando na Divina Providência, ampliaram o perfil para acolher crianças mais velhas e grupos de irmãos. Por que não filhos mais velhos? Por que não um grupo de irmãos?

Cinco anos se passaram… e o telefone tocou.

Cinco irmãos: 3 meninas e 2 meninos. Na época, tinham 2, 3, 4, 7 e 8 anos.
“Chegamos no abrigo, e todos já estavam dormindo. Assim, as mais velhas foram chamadas: ‘Meninas, chegou o dia!’ Angélica correu para os braços do pai, Thalia para os da mãe, e ali começamos nossa história.”

Foram 44 dias até a audiência que permitiu que Andreo e Lu iniciassem o processo de aproximação.
“Gabi, ainda muito novinha (4 anos), não entendeu muito bem, mas se soltou quando ganhou um pirulito. Os meninos estavam no berço e, no outro dia, nos conheceram.”

“Quem está na fila da adoção nunca sabe como será esse dia. Idealizamos, imaginamos, mas nunca saberemos o que é vivê-lo. Foi a alegria da maternidade e paternidade em dose quíntupla. Foi muita emoção, muita alegria, muita providência divina. Um dia inesquecível.”

As crianças estavam a 1.000 km de distância, mas a Divina Providência agiu e eles puderam ir três vezes até a cidade onde estavam as crianças.
“Se olhássemos para o dinheiro, e não para Deus, não teríamos ido.”

E como lidar com as finanças?

A casa ficou colorida: brinquedos espalhados, fraldas, roupas, comida. Andreo e Lu aprenderam a cuidar de cinco crianças ao mesmo tempo, em meio a uma reforma da casa, vivendo todo o novo com muito carinho e firmeza.

Após 30 dias, obtiveram a guarda provisória.

Claro, os desafios foram muitos: lidar com o novo, com a saudade, com o rompimento dos laços com as pessoas do abrigo, correr atrás das deficiências escolares… Mas, como eles disseram:

 
“Por nada voltaríamos atrás! Sempre foram e sempre serão nossos filhos.”

Rogério & Elisa

Nossa história começou em agosto de 2015, quando demos entrada no nosso processo de adoção. Na época, já tínhamos 8 anos de casados. No início de 2016, entramos na fila e ficamos por 9 meses. Em setembro de 2016, recebemos a notícia dos nossos meninos! 😊 Que alegria! O coração se encheu de esperança e fé! Deus preparou os dois para nós e organizou tudo para que chegássemos até eles. As pessoas que nos levaram até eles foram cuidadosamente escolhidas por Deus. Priscila, Paty e Ulisses, anjos que o Senhor colocou em nossas vidas, nos ajudaram a chegar exatamente onde deveríamos estar.

Em 15 dias, estávamos prontos para conhecer os nossos meninos! Nossa, que emoção! Ao chegarmos, encontramos rostos amigos, sorrisos acolhedores, mãos que seguraram as nossas e rezaram por nós! E lá estavam eles — Everton, com 1 ano, e Alisson, com 3 anos — sorridentes, com os bracinhos abertos em nossa direção. Ah, meu Deus, que lembrança incrível do nosso encontro! Sem fotos, sem vídeos, apenas pessoas felizes ao nosso redor, torcendo e vibrando muito, emocionadas por presenciar aquele momento maravilhoso!

Nós dois nos perguntamos várias vezes se realmente eram eles, mas no fundo sabíamos que sim, eram nossos filhos! No dia seguinte, voltamos logo cedo, e eles estavam prontinhos nos esperando, de cabelinhos cortados e mochilinhas prontas! Ô, meu Deus do céu! Levamos os meninos para casa, onde nossos amigos nos acolheram, e ali recomeçamos nossa família.

Foi um dia cheio de alegrias, descobertas e surpresas! Tudo era novo para eles e para nós. Tivemos um final de semana diferente e decisivo. O primeiro do resto de nossas vidas! Em meio a mamadeiras, fraldas, gritos, risadas, chamegos, choros e birras, eles foram se acostumando a nós, e nós a eles! Fizemos as primeiras compras de produtos para bebês e crianças e pegamos os documentos do processo.

Nossos amigos ainda nos trouxeram até nossa casa. O Ulisses, pastor que hoje mora no céu, nos disse durante a viagem: “Essa é a missão mais importante que Deus nos deu! Nós vamos levar esses meninos até a casa deles!”. A chegada em casa foi mais linda e emocionante que o dia do nosso casamento! Realmente, a primavera é o tempo do novo de Deus! O novo de Deus para nós, e ela nos trouxe os nossos filhos!

Renato & Fabiana

Nos casamos em 2014 e na época achávamos que tínhamos total controle sobre as nossas vidas. Planejamos viver uma vida de casados sem filhos por um tempo pra curtir bem a vida a dois e depois de alguns anos termos 1 ou 2 filhos.

Já no primeiro ano de 2014, passamos por um problema de saúde com meu sogro e decidimos adiantar os planos, decidimos que já era hora de termos um filho para que o avô pudesse curtir. E aí Deus foi nos mostrando que não são os nossos planos, mas sim o d’Ele.

Fomos vivendo cada ano de tentativas frustrada e decepções sem diagnósticos e ao mesmo tempo com muitas suspeitas. Passamos por diversas fases, mas a Graça do Senhor é infinita e Ele cuidou para que nosso deserto não fosse de afastamento, mas de proximidade junto d’Ele.

Após muitos exames, médicos, tratamentos, simpatias, receitas e novenas, veio o check mate: a indicação de FIV.

Naquele momento, o Senhor me fez decidir, eu que sou tão insegura e vinha tentando me aprofundar na fé, tive que decidir entre tentar aquilo que o mundo pregava como “a melhor alternativa” para o meu positivo e confiar no Senhor.

Eu escolhi confiar! Não foi fácil discernir, não foi fácil aceitar e não é fácil explicar, mas foi a melhor escolha pra nós.

Como nunca houve um diagnóstico de infertilidade concreto, apenas aparente, as chances sempre existiram, porém entendemos que poderíamos viver o sonho da paternidade que nunca esmoreceu em nós de outra forma. Passamos então a pensar na adoção e a estudá-la, buscar informações e testemunhos e então iniciamos o processo em 2021.

Em outubro daquele ano eu engravidei pela primeira vez, porém com 5 semana perdi, mas senti que o Senhor estava comigo e que meu filho já tinha vindo pronto pro céu, e que a minha missão de mãe precisava continuar eu tinha que cuidar e preparar os que viriam pra nós por meio da adoção.

Em junho de 2022 fomos habilitados e entramos na fila e em setembro nosso telefone tocou. Nossos filhos Paula e João Vinícius chegaram em Novembro de 2022. Paula estava às vésperas dos 8 anos, mesmo tempo que tínhamos de espera por eles.

 

Hoje quem nos conhece fala que é como se eles sempre tivessem existido em nossas vidas.
Paula e Vinícius sempre falam que querem morar no céu.

Felipe & Fernanda

Muitas pessoas acabam entrando no processo de adoção e depois acabam se frustrando porque elas buscam algo pessoal. E quando chega uma criança que é o Cristo chagado em sua casa, a pessoa não consegue entender que aquela criança não veio satisfazer suas expectativas. E muitas pessoas devolvem por conta disso. As pessoas acabam idealizando algo para sanar aquela ânsia de querer ter um filho a todo custo”, disse.

Fernanda

 

Plano de Deus

Fernanda e Felipe Gobbato sempre foram abertos à vida, mas não conseguiam engravidar. Depois de três anos, decidiram investigar em diversos médicos e descobriam que são “ISCA, que é infertilidade sem causa aparente”. O médico chegou a lhes propor a fertilização in vitro, mas se recusaram.

Fernanda e Felipe enxergaram na adoção o plano de Deus para sua família. “Precisamos passar por tudo isso para entender que essa era a nossa vocação”, disse Fernanda. “Ser pai e mãe é uma vocação e ser pai e mãe pela adoção é uma vocação dentro da vocação, porque nem todas as pessoas são chamadas a isso. Mas, nós fomos escolhidos”, acrescentou Felipe.

Quando deram início ao processo, colocaram no perfil duas crianças, podendo ser mais uma. Em 13 de fevereiro de 2023, nove meses depois que tinham começado o processo, receberam uma ligação informando que havia três irmãos que batiam com o perfil que tinham colocado. Mas, os meninos tinham uma irmã que seria separada.

“Quando é um número grande de irmãos, eles acabam separando, pois é muito difícil uma família adotar muitos, principalmente a adoção tardia”, disse Felipe. Mas, para eles essa não era uma opção. “Antes de nos ligarem, nós já tínhamos certo que essa questão de família separada é inviável, temos nossos valores, nossa fé”, disse Fernanda. Então, disseram para a assistente social e a psicóloga que queriam adotar os quatro.

“As pessoas falam: ‘mas vocês adotaram quatro crianças?’ E eu falo: eu e Fernanda somos abertos à vida e, pelo tempo de casado que temos, era para termos muito mais do que quatro, se fosse para acontecer, porque nunca evitamos nada. Então, são os planos de Deus mesmo. É seguir aquilo que o sacramento do matrimônio diz: estar abertos à vida e não ficar se restringindo”, disse Felipe.